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Três Lagoas,26/04/2024

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Governo brasileiro expressa 'profunda consternação' com ataque de Israel a integrantes de ONG em Gaza

Fonte: g1.globo.com
Governo brasileiro expressa 'profunda consternação' com ataque de Israel a integrantes de ONG em Gaza



Itamaraty também exige que Israel cumpra resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo cessar-fogo. Ataque na segunda-feira (1º) matou sete membros da ONG World Central Kitchen em carro identificado. Netanyahu reconheceu que bombardeio foi feito por engano, mas caso aumentou pressão sobre seu governo. Um dos veículos da ONG World Central Kitchen após ser atingido por um ataque israelense na Faixa de Gaza, em 1º de abril de 2024.
Ahmed Zakot/ Reuters
O Itamaraty divulgou nesta quinta-feira (4) um comunicado expressando "profunda consternação" com o ataque de Israel ao comboio da ONG World Central Kitchen, que matou sete integrantes do grupo na segunda-feira (1º).
"O governo brasileiro reitera o firme repúdio a toda e qualquer ação militar contra alvos civis, sobretudo aqueles ligados à prestação de ajuda humanitária e de assistência médica", diz a nota. "(O governo brasileiro) Deplora também as mortes de civis e trabalhadores de saúde palestinos e os danos causados por ação militar das últimas semanas, que resultou na destruição do hospital Al-Shifa, em contexto no qual a assistência médica à população de Gaza é fundamental".
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O ataque, que Israel chamou de acidental, atingiu dois veículos da ONG, uma das mais atuantes na Faixa de Gaza desde o início da guerra, quando os carros passavam por uma estrada sem conflitos. A equipe voltava do norte de Gaza, onde havia entregado um carregamento de alimentos levados a Gaza por um barco na semana anterior, quando foi atingida por um bombardeio.
Os integrantes da ONG vestiam coletes com a devida identificação, e o teto dos veículos tinha o logotipo e o nome da World Central Kitchen impressos (veja imagem acima). A organização foi criada pelo chef espanhol José Andrés, muito famoso nos Estados Unidos por aparecer em diversos programas de TV e por já ter sido condecorado pelo ex-presidente Barack Obama.
Na quarta-feira (3), Andrés acusou Israel de atacar "de propósito" o comboio.
No dia seguinte ao ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu que o bombardeio havia partido de Israel, mas disse não ter sido um ato intencional e afirmou que episódios como esse "acontecem em guerras".
No entanto, o ataque gerou críticas generalizadas de líderes mundiais e aumentou as pressões sobre Netanyahu por um cessar-fogo. No comunicado desta quinta, o Itamaraty também pede que o governo israelense cumpra a resolução que o Conselho de Segurança da ONU aprovou na semana passada, na qual exige uma pausa nos bombardeios.
"(O governo brasileiro) reitera a importância do cumprimento da demanda de um cessar-fogo imediato contida na resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 25 de março", diz a nota do Itamaraty.
Investigação
Israel: 57% acham condução da guerra por Netanyahu ruim
Também nesta quinta, o governo de Israel anunciou que o Exército do país está conduzindo uma investigação própria sobre o erro que levou ao bombardeio à equipe de ajuda humanitária.
No entanto, o resultado da investigação só deve sair "nas próximas semanas", segundo a porta-voz do governo Raquela Karamson.
Pressão sobre aliados
Mortes de integrantes de ONG aumentam pressão sobre aliados de Israel
O ataque aos integrantes da World Central Kitchen também fizeram crescer a pressão sobre aliados de Israel e países que fazem operações comerciais no ramo bélico.
Nesta quinta, três ex-juízes da Suprema Corte do Reino Unido, em carta com outros 600 juristas britânicos, exigiram que o governo de seu país deixe de vender armas a Israel.




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